'Muito rápido', diz sobrevivente sobre momento em que navio de carga naufragou em PE

  • 17/09/2024
(Foto: Reprodução)
Potiguar Edvaldo Baracho da Silva era marinheiro auxiliar e disse que precisou "nadar muito" até o resgate. Navio afundou no domingo (15), deixando quatro mortos e um desaparecido. Atualização sobre naufrágio com potiguares no litoral de Pernambuco O potiguar Edvaldo Baracho da Silva, de 57 anos, foi um dos quatro sobreviventes resgatados do naufrágio de um navio de carga em Pernambuco, ocorrido na noite de domingo (15), que deixou pelo menos quatro mortos, além de uma pessoa desaparecida (veja reportagem acima). O marinheiro auxiliar contou que os tripulantes notaram problemas com a embarcação antes dela naufragar, decidiram retornar e chamar um navio rebocador. Foi nesse momento que a embarcação afundou de vez. 📳Participe do canal do g1 RN no WhatsApp "A gente chamou o rebocador, que estava aproximando, o PHS [modelo de embarcação de resgate], e ele encostou. Passamos o cabo e na hora começou a arrastar, ai ele adernou [inclinou]. Quando ele adernou, o comandante chamou no rádio. E desacelerou. Foi muito rápido, muito rápido", contou. Segundo o marinheiro auxiliar Edvaldo da Silva, os tripulantes já voltavam com a embarcação, quando o leme apresentou o problema. "A bomba do leme [deu problema], porque é sistema hidráulico. Chegou uma hora que desandou, o leme não atendeu mais, não deu pra navegar", falou. Além de Edvaldo, outros dois potiguares estavam na embarcação: o cozinheiro Antônio Rafael Bezerra, de 64 anos, e o comandante da embarcação Edriano Gomes, de 48. Eles não estão entre os sobreviventes, segundo a Marinha do Brasil (veja mais detalhes abaixo). A Marinha, no entanto, não havia divulgado até o início da tarde desta terça-feira (17) o nome dos tripulantes que morreram e do que está desaparecido. A família do cozinheiro Antônio Bezerra confirmou à Inter TV Cabugi que reconheceu o corpo dele no Instituto Médico Legal (IML) em Pernambuco. O marinheiro auxiliar Edvaldo da Silva explicou ainda que o movimento de manobra do navio rebocador demorou cerca de um hora, por conta do tamanho da embarcação, o que exigiu que os tripulantes resistissem algum tempo na água. "Na hora que a embarcação virou, o rebocador cortou o cabo e nós pulamos na água. O rebocador manobrou para pegar a gente, mas, como ele é muito grande, passou mais ou menos uma hora pra ele resgatar. Eu nadei muito para chegar no rebocador", disse. "Eu estava com a nadadeira. Se fosse um barco pequeno pra pegar a gente, era muito rápido, mas embarcação grande pra manobrar não é tão fácil". Edvaldo Baracho da Silva foi um dos sobreviventes do naufrágio Reprodução/Inter TV Cabugi LEIA TAMBÉM Potiguar, comandante de navio que naufragou em Pernambuco mandou mensagens para esposa avisando sobre problemas no barco Marinheiro auxiliar viveu segundo naufrágio O marinheiro auxiliar contou que esse é o segundo naufrágio que sofre. Da outra vez em que isso aconteceu, ele ficou cerca de dois anos sem trabalhar na área a pedido da família. "Eu trabalhei seis anos e dei uma parada, fiquei em casa com minha irmã, que tem uma granja. Fiquei cuidando da granja. Foram dois anos parado, sem navegar. A família pediu para eu não navegar mais, porque eu tinha sofrido um naufrágio há quatro anos", contou. O marinheiro auxiliar disse que pensa em mudar de área após o novo susto. "Eu estou perto de me aposentar, eu quero sair dessa área", disse. "Eu quero uma [carteira] mais fraca, pra me aposentar. Eu quero sair dessa área. Faltam só dois anos pra eu me aposentar", completou. Edvaldo contou ainda que, logo após o acidente, o marinheiro do navio rebocador emprestou o celular para ele avisar à família que estava bem. Outros dois potiguares no naufrágio Em nota no fim da tarde desta quinta-feira (16), a Marinha do Brasil confirmou que quatro tripulantes foram resgatados com vida e atualizou que quatro dos cinco tripulantes que estavam desaparecidos morreram. Um outro seguia desaparecido. Os potiguares que estavam entre os desaparecidos são: Edriano Gomes de Miranda, de 48 anos, comandante da embarcação Antônio Rafael Bezerra, de 64 anos, cozinheiro da embarcação A Marinha do Brasil confirmou que os dois potiguares não estavam entre as pessoas resgatadas com vida, mas não informou se eles morreram ou se algum deles é tido como desaparecido. A família de Antônio informou que confirmou a morte dele no IML em Pernambuco. Edriano Gomes de Miranda é natural de Rio do Fogo, no litoral Norte potiguar, e era o comandante da embarcação que saiu de Recife em direção à Fernando de Noronha. Antônio Rafael Bezerra, natural de Ceará-Mirim, na Grande Natal, trabalha há pelo menos três anos como cozinheiro da embarcação e costumava fazer esse trajeto pelo menos duas vezes por mês, segundo a família. Antônio Rafael Bezerra (camisa verde) e Edriano Gomes de Miranda (camisa azul) estavam no navio que naufragou Cedida LEIA TAMBÉM NAUFRÁGIO: Vídeo mostra navio Concórdia pouco antes de afundar no litoral de Pernambuco Naufrágio O navio de carga Concórdia naufragou a caminho de Fernando de Noronha na noite do domingo (15). Segundo o dono da embarcação, Antônio Gonçalves, o navio afundou nas proximidades da Ilha de Itamaracá, no Grande Recife. A tripulação era formada por nove pessoas e as primeiras informações divulgadas pela Marinha do Brasil são de que quatro pessoas foram resgatadas com vida e cinco permaneciam desaparecidas. Um alerta foi emitido nos grupos de navegadores para facilitar a busca dos tripulantes. A embarcação partiu do Recife no sábado (14). “O barco saiu no sábado, estava quase no meio do caminho. A carga soltou e a tripulação resolveu retornar para o Recife. O barco pode transportar até 180 toneladas e estada cheio”, contou o dono do barco, Antônio Gonçalves, ao g1. Marinha realiza buscas por tripulantes do navio Concórdia desaparecidos após naufrágio no litoral de Pernambuco Antônio Gonçalves disse que o navio transportava material de construção e alimentos. “Os porões estavam com materiais para abastecer os mercados da ilha, além de material de construção. O movimento em Noronha melhorou, o prejuízo é grande”, declarou Antônio. A rota entre o Recife e Fernando de Noronha tem 545 quilômetros. Os navios que abastecem a ilha levam cerca de 48 horas no percurso. O g1 entrou em contato com a Marinha do Brasil, que informou que o navio saiu do Porto do Recife e que tomou conhecimento do naufrágio na noite de domingo (15). Segundo a autoridade marítima, o Concórdia estava a aproximadamente 8,5 milhas náuticas (cerca de 15 quilômetros) da praia de Ponta de Pedras, no município de Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. "Quatro tripulantes que se encontravam a bordo foram resgatados pelo Navio Rebocador de Alto Mar 'Cormoran' e estão em bom estado de saúde. Outros cinco tripulantes seguem desaparecidos", diz o comunicado da Marinha divulgado nesta segunda. Ainda segundo a Marinha, foi acionada a estrutura do Salvamar Nordeste, que está coordenando a operação de busca e salvamento no litoral pernambucano, com o Navio-Patrulha (NPa) Macau, subordinado ao Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Nordeste, e com a Aeronave H36 da Força Aérea Brasileira. A Marinha também emitiu um comunicado de "Aviso aos Navegantes" para a comunidade marítima, para "ampliar a divulgação sobre o ocorrido e alertar as embarcações que estejam navegando em áreas próximas do ocorrido para apoiar nas buscas". Mapa com localização aproximada do naufrágio do navio de carga Concórdia, que seguia do Recife para Fernando de Noronha Arte/g1 Vídeos mais assistidos do g1 RN

FONTE: https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2024/09/17/muito-rapido-diz-sobrevivente-sobre-momento-em-que-navio-de-carga-naufragou-em-pe.ghtml


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